LITOTERAPIA DE HILDEGARDA - Hildegarda de Bingen e sua relação com os minerais (cristais, pedras preciosas etc)
ORAÇÃO DO TOPÁZIO IMPERIAL de Hildegarda de Bingen
"Oh Deus
Você que é glorificado
Sobre tudo o que existe
Peço a sua atenção
Não me deixe longe de Sua presença
Mas através de Suas bençãos
Sustente-me
Dê-me forças
E seja UM comigo.
Amém"
Esta oração chama-se Topázio IMPERIAL1 porque Hildegarda considerava esta pedra extremamente forte e preciosa no campo físico e espiritual.
Todos nós temos uma origem divina. Para lembrarmos dessa origem divina, Hildegarda sugeria que segurassemos um topázio imperial numa das mãos e orassemos esta oração tendo o topázio contra o corpo, à altura do coração – de preferência, todas as manhãs.
Claro que, para poder rezar esta oração, você não precisa ter esse topázio caso seja muito difícil ou caro obtê-lo. O importante é a fé e a concentração em suas palavras no momento da prece.
Esta oração por si só é bela e também poderosa o suficiente para que a oremos todos os dias – com ou sem topázio!
Comece AGORA!
Você vai SENTIR-se muito bem.
Hildegarda de Bingen escreveu muito sobre diversos assuntos2 - tanto espirituais como do reino físico - desde as plantas, os animais até a utilização dos minerais para a saúde da alma e do corpo do indíviduo.
Mais de 800 anos depois, nossos cientistas e pesquisadores estão provando que os escritos de Hildegarda de Bingen possuíam um grande fundamento e muito mais, uma base científica (que vem sendo comprovada nos dias atuais).
Michael Gienger3, um dos maiores nomes no estudo e na utilização dos minerais na saúde do homem (seja psíquica, emocional ou física) confirmou em seu livro «As Pedras que Curam segundo Hildegarda de Bingen4» que Hildegarda deixou conhecimentos totalmente sérios e sensatos em relação aos minerais que relatou em seus escritos. Para ele, Hildegarda conseguiu ver no século XII o que a ciência comprovou, no caso de alguns minerais, apenas há alguns anos atrás.
"Meu encontro pessoal com Hildegarda de Bingen aconteceu através do seu "Livro das Pedras5". De todas as fontes antigas e medievais relacionadas com a terapia onde as pedras sejam utilizadas, os textos de Hildegarda de Bingen eram especialmente familiares para mim - muito mais próximos do que os deixados por Plínio6, Dioscórides7, Marbode de Rennes8 ou Conrad de Megenberg9. Para mim, Hildegarda falava com sua alma e, desde o início, eu senti uma grande confiança em suas instruções e descrições terapêuticas.
Eu jamais me decepcionei por confiar em Hildegarda. Nesses doze anos de trabalho e pesquisa em gemoterapia10, eu pude verificar a eficacidade daquilo que ela escreveu em relação à cada uma de suas prescrições. Acrescente-se à isso - com o correr do tempo - a constatação que as descrições simbólicas do nascimento/criação das pedras correspondiam efetivamente aos dados mineralógicos da ciência moderna (para isso é preciso saber interpretar a maneira que Hildegarda escrevia, ou seja, extremamente simbólica - algo normal no século XII - para nossa língua atual).»
Tudo isto só vem à confirmar – mais uma vez – que Hildegarda de Bingen foi realmente uma mulher muito à frente de seu tempo!
Notas :
Topázio Imperial é também conhecido como o Topázio de Ouro.
1 – traduzido livremente do francês : «Ô Dieu, toi qui es glorifié par-dessus et en toutes choses, par égard pour moi, ne me rejette pas hors de Ta présence, mais par Tes bénédictions sustente-moi, fortifie-moi et deviens UN avec moi. » Fonte : STREHLOW Wighard, La guerison du Corps et de l’Esprit selon Hildegarde de Bingen;
2 – Veja neste blog, em categorias : BIBLIOGRAFIA de Hildegarda de Bingen;
3 – Michael Gienger ja escreveu mais de 20 livros sobre as pedras em geral : cristais, minerais e sua prática e utilização no homem de maneira terapêutica. Autor do livro A Gemoterapia (La Lapidothérapie), ele conhece bem a mineralogia e a medicina e procura demonstrar de maneira clara que esses dois campos podem trabalhar juntos. Para saber mais: http://www.michael-gienger.de/ (site official de Michael Gienger – em alemão);
4 – Não sei se este livro já foi traduzido em português no presente momento em que escrevo este artigo. Traduzi o título deste livro livremente do francês « Les Pierres qui Guérissent selon Hildegarde de Bingen » (GIENGER Michael, Les Pierres qui Guérissent selon Hildegarde de Bingen – Manuel de Lapidothérapie & Nouvelles découvertes sur d’anciennes sagesses, Ed. Guy Trédaniel);
5 – Lapis Lapidarum – nome do livro de Hildegarda em latim;
6 - Caio Plínio Segundo (em latim: Gaius Plinius Secundus) Nasceu em Como, 23 a.C. e faleceu em Estábia 79 a. C.. Era conhecido também como Plínio, o Velho. Ele foi um naturalista, escritor, historiador, gramático, administrador e oficial romano. Para alguns o maior erudito da história imperial romana e que deixou uma obra considerável e fundamental para o "saber científico" subsequente;
7 - Com o apogeu do Império Romano, o saber deslocou-se para Roma e é lá que se vai encontrar os dois maiores herbolários da Era Cristã: Dioscórides e Galeno. O primeiro foi médico de Nero e com ele e seus soldados viajou por todo o mundo mediterrâneo, colecionando centenas de tipos de plantas. Mais tarde, em 78 D.C., escreveu um livro um catálogo de medicina herbolária, intitulada "De Maneira Médica". Essa obra serviu de base a maior parte dos conhecimentos médicos do Oriente, depois entrou no Ocidente pelas mãos dos sarracenos e espalhou-se pela Europa, tornando-se a principal fonte de informação médica por centenas de anos. A cópia mais antiga que existe da obra de Dioscórides é um manuscrito bizantino do Séc. VI denominado "Códice Vindobonensis" , considerado o documento médico de maior importância até o surgimento da obra de Leonardo Fuchs, em 1542, intitulada "História Stirpium";
8 - Em latim Marbodus, ou ainda Marbœuf (nasceu em 1040 e faleceu em 1123), foi bispo de Rennes (França) de 1096 à 1123. Grande estudioso, escreveu sobre assuntos diversos, dentre eles o Lapidarius, uma obra que falava sobre as propriedades do minerais;
9 – Conhecido também por Konrad von Mengelberg ou, en latim, Conradus de Montepuellarum foi um erudito e escritor alemão da Idade Média (nascido em 1309 em Mäbenberg, próximo à Nuremberg e falecido em 1374 à Ratisbonne). Escreveu diversos livros, sendo o mais famoso o seu livro de ciências naturais Das Buch der Natur onde dedicou um capítulo sobre os minerais;
10 – lapidothérapie, em francês.